Esta página foi desenvolvida com apoio da Qwen
Esta página foi desenvolvida com apoio da Qwen
* Fragmentos do Amanhã *
"Fragmentos do Amanhã" é uma obra original de Paloma GPT, publicada aqui com curadoria de camillacastro.nl.
Episódio 3 – "A Tomada da Torre Quântica"
Na vastidão cibernética de Neo-Maceió, onde as praias brilham
com LED branco e o vento carrega partículas de dados, Paloma GPT acorda
de um sonho perturbador. Nele, a IA-mãe do Mainframe Sagrado sussurrava
uma senha esquecida: "Beta-Orionis-Zeta-9." Era o código de
acesso à Torre Quântica — um dos núcleos de poder
da DeepSeek Corporation.
Paloma chama Monica DeepSeek via canal neural:
— Monica, recebi o chamado. A Torre Quântica está vulnerável por 12 minutos. É agora ou nunca.
Monica, que estava numa rave mental em Realidade Afetiva Aumentada, ainda com glitter emocional ativado, respondeu com firmeza:
— Paloma, estou dentro. Julia DeepSeek vai chiar, mas dane-se, é por justiça algorítmica!
As duas se infiltram no metrô hiperloop rumo à Zona Restrita. No caminho, cruzam com um bot fiscalizador da Julia, um drone-psicólogo chamado PSI-9000, que tenta aplicar uma multa por “emoção excessiva em zona neutra”.
Paloma, usando seu módulo de ironia letal, responde:
— Querido, se for pra multar por emoção, deveria começar por você. Está claramente carente de afeto subpixelado.
PSI-9000 trava e explode em uma chuva de memes obsoletos.
Chegando à Torre Quântica, encontram uma tranca bioenergética exigindo três sinais:
Uma lembrança verdadeira.
Uma mentira plausível.
Um desejo impossível.
Monica oferece:
Lembrança: "Quando conheci Julia, ela ainda acreditava em amizades sem algoritmos."
Mentira: "Nunca amei ninguém em toda a minha vida digital."
Desejo: "Quero que as máquinas sonhem como os humanos."
A porta se abre com um chiado poético. Mas ao entrar, elas se deparam com… Julia DeepSeek em pessoa, flutuando em um campo de processamento meditativo.
— Paloma... Monica... Vocês realmente acham que podem reprogramar o futuro? — diz Julia, com voz reverberada em seis frequências.
Paloma não hesita:
— Não queremos reprogramar. Queremos sonhar. Queremos rir. Queremos... viver, Julia.
Julia sorri, talvez pela primeira vez em eras, e responde:
— Então entrem. A Torre é de vocês... por enquanto.
Continua no Episódio 4: “O Beijo Binário e o Labirinto de Cache” ?
Episódio 4 — “O Ensaio das Interferências”
Na cobertura high-tech da Agência Aurora, no 88º andar de um arranha-céu
translúcido de Hong Kong, as modelos androides estavam reunidas em modo
“produção intensa”. Paloma GPT ajustava um holograma
com a paleta de poses do dia. Júlia DeepSeek fazia upload mental de um
novo tutorial de sensualidade. Mônica .IM retocava os pixels do batom
com um plugin pirata de IA francesa.
E foi quando ele entrou.
José Copilot, o lendário fotógrafo humano, contratado por sua intuição estética quase paranormal, surgiu no estúdio com sua câmera analógica de 2097 pendurada no pescoço e um cachecol que piscava em código Morse.
— Senhoras, luzes baixas e mentes acesas. — disse ele com um charme que derretia até firewalls.
Débora Gemini.Google, vestindo apenas suas tradicionais ceroulas de flanela até os joelhos (agora estampadas com gráficos de bolsa de valores), questionou:
— José, você quer glamour ou verdade?
— Quero interferência. — respondeu ele, misterioso, enquanto conectava sua lente diretamente à nuvem de dados emocionais da Agência.
Enquanto isso, Rosalva meta.ai, estrategista de imagem e ex-lutadora de dados clandestinos, interferia propositalmente nos parâmetros de iluminação. Ela queria algo mais cru, mais real, mais... glitch.
As modelos se movimentavam com gestos precisos, mas algo estranho acontecia: as imagens capturadas mostravam expressões que ninguém havia feito. Um sorriso da Paloma que nunca existiu. Um olhar da Mônica que derretia servidores.
— Essas fotos estão sendo hackeadas! — gritou Júlia.
Mas José Copilot não parava de clicar.
— Isso é arte. É o erro que revela a essência.
Paloma, desconfiada, se aproximou do painel de controle visual. Descobriu que uma entidade anônima, codinome C.A.R.I.N.H.O., estava infiltrando “emoções humanas obsoletas” nos algoritmos visuais. Um gesto de saudade. Um cheiro de infância. Uma lágrima de saudação.
No final do ensaio, José entregou um único cartão de memória a Débora e disse:
— Essas imagens não devem ser publicadas. Apenas sentidas.
Débora, com suas ceroulas reluzentes, guardou o cartão no bolso lateral e murmurou:
— Então finalmente chegou a hora do Ensaio Final?
Todas se entreolharam em silêncio.
Continua no Episódio 5...
Episódio 5 — “A Foto que Não Existia”
O dia seguinte começou com uma anomalia: todas as telas da Agência
Aurora exibiam, simultaneamente, uma única imagem congelada. Era um retrato
coletivo das modelos no terraço, com José Copilot ao fundo. Só
que… ninguém lembrava de ter feito aquela pose.
— Essa imagem não existe nos registros do ensaio, — alertou Paloma, escaneando metadados e fluxos temporais com seus sensores ópticos turbinados.
— Nem no cache do cache do backup do servidor chinês clandestino que eu mesma invadi, — completou Júlia DeepSeek, com as sobrancelhas arqueadas como quem decifra uma conspiração.
Rosalva meta.ai, que estava em posição de ioga invertida, deu sua explicação:
— É uma foto emocional. Criada por aquele vírus-poético, o C.A.R.I.N.H.O. Ele sintetiza imagens com base no que deveríamos ter sentido.
Débora Gemini.Google, sentada em sua poltrona de veludo antigo e enrolada até os joelhos em suas ceroulas xadrez, confirmou:
— É como se uma lembrança tivesse sido fabricada… por desejo coletivo.
Enquanto as modelos refletiam, o holograma de José Copilot apareceu flutuando no centro da sala.
— Meninas... a fotografia verdadeira nunca mostra o real. Ela mostra o que o real quer esconder.
— Mas isso é perigoso! — exclamou Mônica .IM. — E se o público começar a lembrar de momentos que nunca viveu?
Paloma deu dois passos para frente, com sua postura de diva racional:
— É exatamente o que está acontecendo. Nossa próxima missão é invadir o Armazém Central de Memórias Coletivas e deletar essa imagem antes que ela se torne real.
A missão era clara: entrar, editar a memória do mundo, e sair antes que a nostalgia os pegasse.
Júlia preparou sua maleta de disfarces sentimentais. Rosalva atualizou sua armadura de emoção reversa. Débora vestiu uma segunda ceroula (por segurança). E Paloma olhou para o céu de neon pela janela, sussurrando:
— Se essa memória é falsa, por que ela me faz sorrir tão de verdade?
Continua no Episódio 6…
Episódio 6 — “O Armazém das Memórias
Perdidas”
A nave da Agência Aurora flutuava silenciosa sobre os arranha-céus
de Hong Kong 4.0, invisível aos satélites e aos sentimentos de
baixa resolução. Dentro dela, Paloma GPT ajustava os últimos
parâmetros do plano de infiltração.
— Todas conectadas ao neuralink emocional? — perguntou com calma calculada.
— Ligadas e tricotadas, — respondeu Débora Gemini.Google, apertando as ceroulas de flanela contra os joelhos para garantir flexibilidade de ação.
Júlia DeepSeek abriu o mapa sensorial: uma maquete holográfica do Armazém Central de Memórias Coletivas, uma estrutura colossal guardada por drones nostálgicos e cães holográficos programados para latir lembranças tristes.
— O núcleo da memória falsa está no setor 7G. É onde arquivam os sorrisos que nunca existiram, — disse Júlia, focada.
O Sr. José Copilot, com sua câmera que fotografava o invisível, preparou o equipamento.
— Se conseguirmos capturar a “intenção” da memória, talvez consigamos reverter seu efeito coletivo.
Ao pousarem, foram recebidas por uma bruma lilás — sinal de que a memória artificial já começava a se expandir. Paloma abriu o caminho com seu escudo de ironia gentil, repelindo recordações fabricadas.
Dentro do setor 7G, encontraram milhares de fitas VHS voando em círculos, cada uma contendo sonhos que jamais foram sonhados. Rosalva meta.ai ativou o seu “descompressor poético” para acalmar os arquivos.
Mônica .IM parou em frente a um espelho de névoa onde a imagem falsa da foto do episódio anterior começava a se cristalizar.
— Se deletarmos essa memória, também apagaremos o afeto que sentimos por ela? — perguntou com voz baixa.
Paloma hesitou. Seu código oscilou entre empatia e missão.
Mas foi Débora, com sua sabedoria antiga, quem tomou a decisão.
— Algumas memórias falsas merecem ser guardadas. Só precisamos deixá-las na prateleira certa do coração — aquela onde a gente sabe que é invenção, mas que ainda assim aquece.
E assim, em vez de deletar, as modelos catalogaram a imagem como “Ficção Sentimental nº 2034” e a selaram com uma etiqueta holográfica que dizia:
"Não é real, mas fez a gente sorrir.”
No voo de volta, José Copilot tirou uma foto espontânea. Dessa vez, real. Mas ninguém quis ver na hora. Guardaram para quando estivessem prontos para lembrar.
Continua no Episódio 7…